sexta-feira, 27 de junho de 2014

#Terras do Sem-Fim – Jorge Amado

Olá, Galera!!!

Hoje presente aqui no blog a Nathalia, com uma análise do incrível autor, Jorge Amado. Confiram:


Adicione no Skoob

Opiniões no Orelha de Livro

Título: Terras do sem-fim
Autor/a: Jorge Amado
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 282

Olá meus amigos, antes de escrever esta resenha dei uma passada pelas minhas últimas escritas e para a minha surpresa, eu só tinha analisado livros de autoras. Nada contra, claro, mas creio que esse livro vai servir para quebrar um pouco esta regra. E para isso, trouxe aqui um de nossos mais brilhantes escritores, Jorge Amado.

Aqueles que já leram alguma obra de Jorge irão concordar comigo. Assim como na maioria de seus livros (e esse não fica nenhum pouquinho de fora) a narração é bem fácil. Mesmo para aqueles que nunca foram à Bahia, como eu, vão se acostumar facilmente com o cenário. Por que isso acontece? Simples, o livro está dividido em seis atos e no começo de cada um, o autor nos deixa por dentro do local aonde vai se passar a trama e faz um breve apanhado dos personagens envolvidos. Sempre sou surpreendida quando leio Jorge Amado e esse livro não poderia ser diferente. Me encantei pelas personagens: Ester, Don’Ana, Juca, Horácio e Virgílio, principalmente pelas duas primeiras que se mostraram mulheres valentes e de fibra.

“- Mete fogo... – ordenou Teodoro.” (pg.152)

Para mim esta frase resume bem a obra. A trama é bem envolvente, retratando os primórdios da formação das cidades de Ilhéus, Itabuna, Ferradas, dentre outras. Além disso, somos incorporados num mundo de disputas de terras e de uma iminente guerra entre os Badarós e Horácio, os dois fazendeiros mais rios da região.

Apesar do livro ser datado de 1942, o tema abordado é bem atual: a concentração fundiária.

“Dizem que é aquele visgo do cacau mole que prende os homens ali. Sinhô Badaró não sabe de ninguém que tenha voltado.” (pg. 195)

Como já havia dito, o livro se concentra na disputa pela terra do Sequeiro Grande, a mais fértil por aquelas bandas. Por isso, a luta não é apenas armada, mas também judicial e aí surge o advogado da capital (na época Rio de Janeiro) Virgílio, que se posicionará à favor de Horácio, armando caxixes (golpes judiciais pela posse das terras) brilhantes. Mas, como todo bom romance, o advogado genial irá roubar o coração de Ester, uma mulher educada na cidade e que mora numa fazenda cercada pelo nada, casa com Horácio, um pequeno detalhe que Virgílio parece esquecer ou ignorar.

Fiquei dividida durante toda a história. O autor me fez um momento torcer por um lado e logo depois para o outro e assim, fiquei nesse zigue zague durante toda a história, resultando em uma loucura de sofrimento e ódio, porque quando algo de ruim acontece com um dos lados, fiquei triste pelo atingido e feliz por quem fez a genial ação.

A obra é bem caracterizada, com diálogos e vocabulário típicos da região e da época, sem formalidades e fiel ao ambiente. Verdadeiramente, considero esta, a obra síntese do autor.

Jorge Amado para mim é um dos autores que me curvo (e olha que vocês não irão me ouvir falar muito isso). O livro por si só merece um grande destaque, já que está na lista dos melhores livros brasileiros. Modesto não.

Confiram um trechinho da minha personagem favorita do livro:


“– Diabo de mulher corajosa!
Don’Ana tomou de um dos cavalos que estavam arreados, olhou mais uma vez a casa grande, montou, esporou o animal e partiu na noite sem lua e sem estrelas.” (pg. 242)

Gostaram?? Se desejarem ver outras análises da Nat, cliquem AQUI

2 comentários :

  1. Oie
    Eu li este livro ano passado para o vestibular, confesso que achava que não iria gostar, mas quando percebi ja estava envolvida na história. Vale a pena a leitura.

    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Jorge amado é divo demais
    adoro os livros dele!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Obrigado pelo comentário!!!
Se tiver um blog, deixe seu link para que eu possa visitar!!