Oi Pessoal,
Confiram a análise do primeiro volume da trilogia submissa, elaborada pela Nathalia:
Título: A Submissa
Autor/a: Tara Sue Me
Editora: Record
Páginas: 272
Não faz nem dois minutos que acabei de ler o livro e já estou eu aqui, escrevendo para vocês, amados leitores. Foi o primeiro livro erótico da autora que li e confesso que fiquei com um pouco de medo no início. Como podem perceber pela capa, trata-se de uma ficção erótica (O.o). Ok, eu confesso, tenho uma acentuada quedinha por esse tipo de escrita. Tudo bem, mentir pra que, certo? Eu caio de um prédio de mil andares por esses livros. Para as puritanas: não me olha assim, não sou nenhuma pervertida, mas até parece que seus dedinhos não coçam para pegar um desses na mão. E seu anjinho interior fica brigando com sua diabinha para não lê-lo.
Voltando, fiquei receosa, pois já havia lido 50 tons e não gostei mundo. Para mim foi um tanto repetitivo, e meu receio aumentou ainda mais quando li que esse livro tinha influenciado E.L.James.
Hoje, minha musa interior dá cambalhotas no ar por não ter ouvido o meu lado racional (e isso é uma coisa rotineira nesse livro). Aplausos e mais aplausos para a senhora Sue Me. Ela, com seu romance arrebatador, conseguiu colocar meu coração de joelhos. Não estou brincando, mas só de pegar o livro, ele já dá uma sensação de aconchego, tornando-se irresistível parar de ler.
Apenas o título da obra está em alto relevo, além da imagem ser bem, como posso dizer de maneira polida, levadinha. As páginas são amareladas e a fonte é de tamanho aconchegante. O livro é molinho, de modo que você pode dobrá-lo, e lê-lo em todas as posições (Eu amei isso).
Como já havia dito, a autora serviu de inspiração para a escritora de 50 tons, mas de longe já possuem diferenças. A começar pela idade das personagens, embora o livro tenha saído de uma fanfic de crepúsculo (sim, também, não sei como ainda não saiu uma com vampiros eróticos e se saiu, desculpe minha ignorância). Ele trata de personagens mais velhos, por exemplo: Nathaniel West (nosso Edward Cullen) tem 34 anos e Abigail King (a querida bella de crepúsculo) possui 32 aninhos.
Há também o fato de Nathaniel não ser o símbolo romântico como Christian e não possuir nenhuma característica de Edward.
“Nathaniel não iria voltar atrás. O muro estava erguido. Com reforços. Estávamos de volta ao ponto de partida.”
(pg. 208)
Eu não resisti, tive que colocar. É nossa amada Abby quem narra a história, então, nós sentimos na pele todas as confusões, sensações e sofrimentos dela (teve partes que até chorei com ela). Como puderam ler o senhor West não é muito relacionável. Ele oscila entre cavalheiro perfeito e cubo de gelo, o que contribui para nos prender ainda mais a cada capítulo, querendo saber o que vai acontecer depois.
O livro aborda o tema BSDM, mas não de forma explícita, a escritora, sendo uma submissa, retrata mais os conflitos internos da personagem. Com muito erotismo, o que não chega a cansar, já que a cada nova cena picante (despeje um saquinho de pimenta do reino em pó) nos mostra uma coisa nova, Tara Sue Me escreve com propriedades sobre o assunto.
“Ele não conseguia alcançar muitas teclas comigo sentada em seu colo, mas tentou, e a música que tocou eu nunca tinha ouvido na vida. Começou lenta e sensual. Delicada. Provocante.”
(pg. 119)
Ops, acho que não resisti de novo. Mas, respira fundo e vamos lá. Nossa Abby vai fazer de tudo para tentar derrubar as milhares de barreiras do nosso dominador mais bonitão.
“Enquanto nossos corações e nossa respiração reduziam o ritmo, senti que ele levantava o muro. Tijolo por tijolo. Fechando-se. Tornando-se distante mai uma vez.”
(pg. 121)
Contudo, como podem ver, ele não é tão penetrável assim.
A escritora nos impressiona com citações de grandes nomes da literatura inglesa, não é à toa, já que a protagonista é uma bibliotecária. Ponto abre parênteses, gostaria de confessar uma coisa, não sei por que, mas todos os livros que possuem bibliotecária como personagem principal me fazem amar ainda mais o a história, o que será isso? Fecha parênteses e ponto final.
Ela nos mostra nomes como: Lord Bryon, Shakespeare, John Boyle O’Reilly, Yeates e Jane Austen (meu Deus quando eu li as palavras da senhora Austen eu dei um pulo na cadeira da faculdade e meu professor me olhou com cara de: “sente-se senhorita e se quiser chamar nossa atenção equilibre uma jaca na cabeça e faça dez polichinelos para nós”, eu sei, mico total).
“-‘ Mas quando uma jovem deve ser a heroína, nem a perseverança de quarenta famílias vizinhas consegue impedi-la. – Sua mão subiu por minha saia.’ – Jane Austen.”
(pg. 138)
Embora toda a trama se passe na Big City, Nova York, de maneira nenhuma nos sentimos ao redor do caos e agitação que a cidade exala. Isso, porque, a melhor parte da história se passa um pouco distante do maior pólo econômico.
“Por isso me vi parando na entrada de sua casa de campo num carro com motorista às cinco e quarenta e cinco daquela sexta-feira. Sem bagagem. Sem malas. Só minha bolsa e o celular.”
(pg. 16)
Tara Sue Me conquistou-me a cada página, só com esse romance já entrou para minha lista de escritores favoritos e mais, seu livro faz parte da minha coletânea top 10. A Submissa é o primeiro livro da trilogia que leva o mesmo nome do primeiro volume. Espero que se divirtam.
Vou judiar mais de vocês, olha minha diabinha me possuindo de novo...
“É preciso ter limites.
Eu tinha chegado ao meu.
Abri os olhos. Nathaniel esperava.
Estendi a mão até a nuca, abri a coleira e a coloquei na mesa.
- Terebintina.”
(pg. 208)
Recadinho: Vale aquela nossa regrinha. Não se esqueçam de comentarem e se quiserem que eu faça a resenha especifica de algum outro livro, estou à disposição. Prometo responder todos os comentários.
Beijinhos e até a próxima resenha.