Olá Galera,
Hoje trago uma entrevista especial, com o escritor do livro de poesias, Gaveta Aberta, Ítalo Anderson, obra lançada pela editora Multifoco.
Capa
Escritor
1 - Quem é Ítalo Anderson?
É difícil responder quando ainda vejo muita vida pela frente. Posso afirmar que sou muito curioso e inquieto. Gosto de me aventurar, descobrir, explorar.
2 - Desde quando você escreve poesias?
Comecei a escrever poesias cedo, mas nunca pensei em publicar. Muitas foram descartadas, algumas se perderam em cadernos antigos, outras ficaram na gaveta por um bom tempo.
Fui uma daquelas crianças devoradoras de livros. E tive muita sorte. Minha mãe, Francilangela, trabalhava em uma escola cuja direção decidiu descartar boa parte dos livros da biblioteca durante uma reforma. Ela acabou trazendo tudo pra casa, para minha alegria, sempre tive acesso a livros daqueles com muitas figuras aos clássicos da literatura. Lembro que só dormia quando minha mãe terminasse de ler ao menos um capítulo de um livro pra mim. Os da coleção do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, eram os meus preferidos. O "Universo Paralelo" me encanta até hoje.
3 - Como a ideia para o livro surgiu?
Pensei em publicar o livro justamente quando decidi "abrir" a gaveta, que é um tanto conceitual. Não estão expostas apenas as poesias, mas um tanto de mim, do que vivi, do que senti. A ideia me assustava e me interessava ao mesmo tempo. Tinha receio de exibir muito de mim, mas tinha essa vontade de me colocar à mostra. Outra coisa que me motivou um tanto foi a morte de um amigo, fato que me fez refletir sobre como a vida é breve e o que vale a pena. O livro também é uma homenagem minha a ele.
4 - Como escolheu o título?
Como disse, foi uma real "abertura de gaveta" para mim, daí veio o título. Há um bom tempo vinha coletando algumas poesias, guardando outras, fuçando agendas antigas. Foi meio que um mergulho em diferentes lugares onde estive, diferentes momentos.
5 - Seu desejo de escrever e dividir com o mundo aconteceu de que maneira?
Estava prestes a fazer 20 anos, concluindo meu segundo ano da faculdade, conheci lugares incríveis, pessoas encantadoras, percebi que tinha vivido muita coisa bacana e que era um bom momento para investir na ideia.
Sempre escrevi como uma forma de me expressar. Gosto de narrativas. Fiz um curso rápido de Dramaturgia em Fortaleza, no ano de 2012 na época fazia Teatro na Universidade Federal do Ceará, daí comecei a escrever para teatro também. Foi quando também me aventurei com roteiros para Cinema, porém não penso em publicá-los agora, tenho que aprimorar muita coisa, estudar, pesquisar.
Não tenho ambições de me tornar um "escritor", o livro para mim é mais como um projeto artístico, uma expressão através da poesia. Acho estranho quando se referem a mim como escritor.
6 - O que deseja passar para as pessoas através dele?
Não tenho uma ideia "geral" a passar com o livro, porém cada poesia tem algo a dizer. Isso é algo muito pessoal. É que para apreciar uma obra de arte, seja lá de qual gênero, cada um traz um pouco do que viveu para juntar às obras e daí ter alguma ideia do significado. Suas memórias, sua origem, seu contexto cultural. Isso também vale pra poesia...
7 - Encontrou dificuldades para lança-lo? Se sim, quais?Bom, para lançá-lo, sou muito grato a editora carioca Multifoco, que me deu bastante autonomia e apoio com o livro, pude opinar em tudo o que achei necessário e chegamos em um resultado de muita conversa. Tive dificuldade para encontrar o local para o lançamento, até que encontrei o SESC, que caiu como uma luva. O lançamento fez parte da programação da Virada Cultural daqui de São Paulo e tive a sorte de estar ao lado de poetas bacanas na noite do evento.
8 - Está trabalhando em algum novo projeto ou continuação de Gaveta Aberta?
Bom, continuo trabalhando em outros projetos artísticos, dividindo meu tempo entre as cidades de Piracicaba e Campinas, mas não penso em lançar outro livro antes de 2015.
Por enquanto, minha preocupação é espalhar bem o que saiu da gaveta. Fiz tudo no meu ritmo desde o início, e isso me faz sentir muito satisfeito. Continuo dessa forma, fazendo tudo do meu jeito, e com esse olhar vejo que a vida traz muitas surpresas.
Tenho um blog, o Transtorno Criativo, onde também escrevo, como disse, no meu ritmo. Gosto de postar sobre toda forma de Arte que está ao meu alcance, e Cultura em geral.
Rapidinhas:
Um Livro: Pode ser o que estou lendo no momento? As Flores do Mal, de Charles Baudelaire.
Um Escritor(a): Dalton Trevisan.
Uma Frase: "Acta non verba" (do Latim, "Atos, não palavras. ")
Uma Palavra: Mudança.
Um Sentimento: Nostalgia.
Um medo: Perder memórias.
Uma certeza: Haverá sempre um dia novo.
Um Conselho: É importante fechar os ciclos que se abre para ter paz com si próprio.
Deixe um recado para os leitores:
Estarei presente na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo representando minha mãe, Francilangela Clarindo, junto aos autores da Literarte, Associação Internacional de Escritores e Artistas. Gostaria de convidar a todos os leitores do blog.
Links:
Página do livro no Skoob: http://www.skoob.com.br/livro/380635-gaveta_aberta
Para comprar o livro na Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=42270216&sid=1031752071676579972961625
Para comprar o livro na loja da Editora Multifoco: http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1638&idProduto=1670
Agradeço o carinho e a atenção que o Ítalo teve com o blog e comigo.
Desejo-lhe muita saúde, felicidade e sucesso!!!
Beijocas Elis!!!