Gente que frio, quem estiver em lugares mais quentes, mande uns graus para o SUL do país. Hoje vamos conferir a resenha/análise da colunista Nathalia.
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Título: A Abadia de Northanger
Autor/a: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Páginas: 304
Em muitas resenhas e vídeos que vi falando sobre o livro, a opinião majoritária era de que essa obra era uma das mais fracas de Austen, argumento que descordo brutalmente. A meu ver, o livro é carinhosamente uma obra cebola e já, já vocês entenderam o porquê.
Antes de começar, gostaria de registrar que esse foi um dos começos mais incríveis que já li:
“Ninguém que tenha visto Catharine Morland quando criança teria imaginado que ela nascera para ser heroína.” (Pág. 11)
Catharine Morland é a quarta filha de dez, é retratada como uma jovem que não dava para literatura (lia apenas alguns poemas, memorizava algumas citações, mas não refletia sobre elas, até encontrar- se com romances góticos, onde desponta como leitora), nem para costura e na pintura… Não sai nem bonequinho de palito. Ela é bonita, mas como toda jovem entre os 16 e 17 anos. Enfim, nossa heroína não é nenhum estereótipo ideal.
Um certo dia, os vizinhos dos Morland, sr. e sra. Allen, não tendo filhos, convidam Catherine para passar uma temporada com eles em Batch. Ela prontamente aceita o convite e parte para integrar a alta sociedade daquela cidade. Lá, a sra. Morland conhece seus novos amigos: Isabella Thorpe (a amiga falsa que está interessada no irmão de Catherine), John Thorpe (irmão de Isabella que corteja nossa heroína pelo dote dela), Eleonor Tilney (a jovem tímida que se mostrará a verdadeira amiga de Cath) e Henry Tilney (a grande paixão da protagonista).
Depois de algum tempo na cidade e de passar por vários momentos desagradáveis ao lado dos Thorpe, a heroína é inserida num novo cenário, a Abadia de Northanger, moradia dos Tilney. Como uma boa leitora de romances góticos e passando a viver naquela casa sinistra, sua imaginação começa a fantasiar histórias macabras sobre o lugar e sobre as pessoas que lá vivem.
Explicado o enredo, vamos as camadas. Como todo romance de Jane Austen, existe uma crítica à sociedade, nesse, da de Bach, caracterizando-a como frívola, falsa, fútil e machista.
Outra crítica que Jane faz é sobre a leitura de romances góticos, personificando-a em Catharine Morland:
“Mas quando uma jovem tem de ser heroína, nem a perversidade de quarenta famílias ao redor podem impedi-la. Algo deve e vai acontecer que lançará um herói um seu caminho.” (Pág. 16)
Um certo dia, os vizinhos dos Morland, sr. e sra. Allen, não tendo filhos, convidam Catherine para passar uma temporada com eles em Batch. Ela prontamente aceita o convite e parte para integrar a alta sociedade daquela cidade. Lá, a sra. Morland conhece seus novos amigos: Isabella Thorpe (a amiga falsa que está interessada no irmão de Catherine), John Thorpe (irmão de Isabella que corteja nossa heroína pelo dote dela), Eleonor Tilney (a jovem tímida que se mostrará a verdadeira amiga de Cath) e Henry Tilney (a grande paixão da protagonista).
Depois de algum tempo na cidade e de passar por vários momentos desagradáveis ao lado dos Thorpe, a heroína é inserida num novo cenário, a Abadia de Northanger, moradia dos Tilney. Como uma boa leitora de romances góticos e passando a viver naquela casa sinistra, sua imaginação começa a fantasiar histórias macabras sobre o lugar e sobre as pessoas que lá vivem.
Explicado o enredo, vamos as camadas. Como todo romance de Jane Austen, existe uma crítica à sociedade, nesse, da de Bach, caracterizando-a como frívola, falsa, fútil e machista.
“Quando as pessoas querem ser simpáticas, devem sempre parecer ignorantes. Vir com a mente bem informada é vir com uma incapacidade de lidar com a variedade dos outros, o que uma pessoa sensata sempre prefere evitar. Sobretudo a mulher, quando tem a desgraça de conhecer alguma coisa, deve escondê-lo o máximo possível.” (Pág. 134)
Outra crítica que Jane faz é sobre a leitura de romances góticos, personificando-a em Catharine Morland:
- Catharine numa curiosidade infinita para conhecer a Abadia (na mente dela um castelo mal assombrado) revela a forma como esse tipo de romance meche com os sentimentos e a razão das pessoas;
- Catherine fantasiando histórias fundadas apenas no que lia e acreditando fielmente nelas (seria a fantasia indo para a realidade).
- Por último, nossa heroína frustrada a cada descoberta de que sua imaginação não fazia mais do que pregar uma peça nela (a conclusão da autora de que aquelas histórias não passavam de mera obra da criatividade de moças desocupadas).
Outro ponto muito pouco abordado é que, trazendo várias situações desagradáveis pela qual a srta. Morland passa e a maneira muito bem-educada com que ela se porta, a presente obra pode ser categorizada como um romance de aprendizagem (lições para as mocinhas da época).
O livro foi escrito em torno de 1789 e 1788 e publicado somente após a morte de Jane, em 1817. É um ótimo passa tempo e também traz muitos pontos para a reflexão do leitor, por isso, é altamente recomendado pela minha pessoa rsrsr. O único ponto, porém, que me desagradou foi a personalidade muitas vezes infantil da protagonista. Ao contrário de outros romances de Jane Austen, como Orgulho e Preconceito, Persuasão, dentre outros, aqui não vamos encontrar nenhuma personagem com personalidade marcante e forte.
- Catherine fantasiando histórias fundadas apenas no que lia e acreditando fielmente nelas (seria a fantasia indo para a realidade).
- Por último, nossa heroína frustrada a cada descoberta de que sua imaginação não fazia mais do que pregar uma peça nela (a conclusão da autora de que aquelas histórias não passavam de mera obra da criatividade de moças desocupadas).
Outro ponto muito pouco abordado é que, trazendo várias situações desagradáveis pela qual a srta. Morland passa e a maneira muito bem-educada com que ela se porta, a presente obra pode ser categorizada como um romance de aprendizagem (lições para as mocinhas da época).
O livro foi escrito em torno de 1789 e 1788 e publicado somente após a morte de Jane, em 1817. É um ótimo passa tempo e também traz muitos pontos para a reflexão do leitor, por isso, é altamente recomendado pela minha pessoa rsrsr. O único ponto, porém, que me desagradou foi a personalidade muitas vezes infantil da protagonista. Ao contrário de outros romances de Jane Austen, como Orgulho e Preconceito, Persuasão, dentre outros, aqui não vamos encontrar nenhuma personagem com personalidade marcante e forte.
“A partida do general deu a Catherine a primeira convicção experimental de que uma perda pode às vezes ser um ganho.” (Pág. 263)
Anotei vários romances que o livro aborda e estou muito ansiosa para poder lê-los.
Jane é uma mulher a frente de seu tempo e apesar de orgulho e preconceito sempre ser mais comentado eu tenho um amor um teco maior por abadia! nessa história creio eu que Jane explorou ao máximo os personagens
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Olá Thaila,
ExcluirAcredito que os personagens foram mais bem explorados por não personificarem uma determinada característica (como em orgulho & preconceito, razão & sensibilidade ou persuasão). Na verdade a crítica fica por parte da autora (narradora), assim os personagens são livres para representarem a sociedade da época, ou seja, pessoas que por mais supérfluas que sejam, ainda assim estão no mundinho real delas haha.
Boas leituras,
Nath