Hoje quem trás a análise é a colunista Rose, do blog Fábricas dos Convites, confiram:
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Título: O Conde Enfeitiçado
Volume: 6
Série: Os Bridgertons
Autor/a: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Páginas: 304
Michael Stirling era um verdadeiro colecionador de mulheres. Ia de uma para outra sem nunca realmente se envolver, deixando pelo caminho suspiros infinitos. Mas, seu coração caiu de joelhos aos pés de Francesca Bridgerton quando a conheceu. Ele sabia que ela era a mulher de sua vida. A mulher que o faria esquecer todas as outras e subir ao altar. O problema é que Michael conheceu Francesca no jantar de ensaio do casamento dela. Francesca estava a poucas horas de se casar com o John, Conde de Kilmartin e primo de Michael.
Na verdade, John e Michael era mais que primos, eram praticamente irmãos, cresceram juntos e se amavam como tal. Michael era o que a sociedade chamava de primo pobre de John, um detalhe que nenhum dos dois se importava. Foi um baque Michael perceber que a única mulher que ele realmente queria e amava era a única que não poderia ter. Triste ironia do destino para um homem que poderia ter a mulher que quisesse.
Michael passou então a conviver com o casal. Amando Francesca, mas tomando todo o cuidado para que nenhum dos dois desconfiasse disso. Era muito bonito ao longo do tempo ver seu primo tão feliz ao lado de sua esposa, sendo amado e respeitado. E apesar de toda a dor que sentia por não ser ele o alvo do amor de Francesca, Michael conseguia ser feliz por John.
A amizade e companheirismo existente entre os primos acabou se estendendo para Francesca, e era em Michael que John confiava sua esposa quando precisava se ausentar seja por qual motivo fosse, por conta dos deveres de seu título de Conde. Francesca desenvolveu um enorme carinho e confiança em Michael, e se preocupava com ele. Queria que ele encontrasse uma mulher que o amasse e o fizesse acreditar mais em si mesmo. Michael era o homem mais confiável que ela conheceu, tirando claro seus irmãos e marido. Ela percebia o amor verdadeiro que ele nutria por seu marido. Quando muitos em seu lugar teriam rancor ou inveja pela posição ocupada por John, Michael simplesmente o amava e se preocupava com o bem estar dele.
Mas uma piada do destino acaba mudando tudo. John morre inesperadamente deixando duas pessoas que o amavam sem rumo certo. De uma hora para outra Michael passa a ser o novo Conde de Kilmartin, dono de uma fortuna e inúmeras terras. Francesca tão feliz em seu casamento e prestes a completar mais uma boda está agora viúva e perdida. Michael nunca desejou tomar o lugar do primo. Lógico que ele amava Francesca, e em seus sonhos mais loucos a queria para si, mas nunca desta forma, com a morte de seu primo, ou será que inconscientemente desejou isso? Não, não, ele trocaria tudo para ter o primo de volta e ver o sorriso nos olhos de Francesca.
Em um momento onde ambos deveriam se unir para dar o apoio e carinho que precisavam pela morte de John, Michael estava completamente perdido, sem saber o que fazer e sentindo-se muito culpado pelo amor que tinha por Francesca. Por mais que quisesse apoiá-la e ajudá-la, e Deus sabe como ele queria isso, ele não tinha forças para tal gesto. Um lado seu queria abraçá-la e confortá-la, o outro queria ir para bem longe, fugir de tudo isso. Ele se sentia roubando o lugar de John, e por mais desprezível que pudesse ser, já bastava ele amar e desejar a mulher do primo, ele não queria isso.
Juntando a dignidade que ainda tinha, ele fugiu para bem longe, deixando tudo para Francesca. Era o mínimo que ele podia fazer, por ela, e principalmente pelo seu falecido primo. Durante quatro anos Michael viveu longe, lutando nas Índias, em uma guerra que nem era sua.
Foi o jeito que encontrou para não se perder. Mas mesmo tão longe, Francesca não saia de seu coração. Ele sabia que sua partida tinha deixado-a magoada e sozinha. Mas, não poderia ter sido de outro jeito, ou poderia?
Francesca aprendeu a se virar sozinha. Lógico que tinha a companhia de suas duas mães postiças (a de John e a de Michael) que moravam com ela, e o apoio incondicional de sua numerosa família. Mas ela sabia que só conseguiu sair do desespero dos primeiros dias sem John por conta de suas responsabilidades perante o título de Condessa que ainda carregava. Apesar de não ter gostado da fuga de Michael, ela sabia que fora ela e a sogra, era Michael quem também sofrera e muito a perda do primo. Apesar da dor de perder seus dois melhores amigos de uma vez, foi o gesto e a confiança de Michael em lhe deixar a frente de tudo, que a fez reagir para a vida.
Mas quatro anos já se passaram, e ela ainda era jovem. Seu desejo de ser mãe era enorme. Era hora de realmente seguir em frente e casar de novo. Francesca voltaria ao terrível "circuito" para encontrar um marido. Ela sabia que não amaria outra pessoa como amou John, mas torcia para pelo menos encontrar alguém que a respeitasse e que ela conseguisse ser minimamente feliz. Era hora de voltar para Londres e analisar suas possibilidades.
Assim como Francesca, Michael percebeu que sua estadia na Índia chegara ao fim, e que ele tinha que encarar sua vida de frente, chega de fugir de si mesmo. Ele achava que esta distância foi suficiente para não só se conhecer melhor, mas também para colocar seus sentimentos em ordem, pois deixar de amar Francesca, ele sabia ser impossível.
"Além do John, você era o meu amigo mais próximo, e eu já não o reconheço mais."
Mas qual não foi seu choque quando a encontrou? Quatro anos não o ajudou em nada, ele continuava com o mesmo problema de antes, só que com dois agravantes. Agora era ele o Conde de Kilmartin. Ele já tinha aceitado e até se acostumado com o fato, mas a Condessa de Kilmartin, Francesca, a mulher que tanto amava, esta não era sua. Ele ficou com tudo que era do primo, mas não com Francesca. E para piorar, ele ainda tinha que assistir de camarote Francesca procurar por um novo marido!
Será que ele fora tão cretino assim para merecer um castigo desse? Não bastava sofrer calado por ela, ainda teria que dar um dote para que outro se casasse com seu amor? Céus, até o final da temporada ele arrancaria a cabeça de um, senão de todos os pretendentes que cercavam Francesca.
Francesca estava feliz, era bom sentir-se desejada novamente, mas ela gostaria que seu relacionamento com Michael voltasse a ser como antes. Na verdade, ela adoraria que tudo voltasse a ser como antes e que ela não precisasse estar ali, procurando um novo marido. Será que este seu desejo de ser mãe não seria uma traição à memória de John? Será que era por isso que Michael estava diferente com ela?
Francesca estava muito confusa, tão confusa que pela primeira vez estava notando Michael não só como seu primo e amigo confidente, mas também como o belo homem que ele sempre foi. Ver todas aquelas mulheres suspirando por ele e a procurando para saber informações sobre ele estava dando nos nervos!
O que John acharia de tudo isso? Seria possível Francesca estar com ciúmes de Michael? Afinal amigos sentem ciúmes, não sentem? Ela sempre quis vê-lo casado, para que os quatro saíssem juntos, mas agora, imaginá-lo casado com outra não estava sendo tão bom assim. O que estava acontecendo com Francesca?
Michael estava firme em sua decisão de deixar Francesca seguir seu caminho, mas nem por isso estava sendo fácil, ainda mais quando um diabinho que atendia pelo nome de Colin Bridgerton estava enfiando ideias em sua cabeça. Não que estas ideias nunca tivessem passado por sua cabeça, mas ele não tinha coragem te deixá-las tomar forma. Era hora de tomar uma decisão, e tanto Michael quanto Francesca precisavam encarar a nova realidade que viviam. John estava morto, e ambos vivos. John amava a ambos e queria que os dois fossem felizes, mas será que isso seria possível com eles juntos? Não estariam os dois traindo a memória daquele que foi o responsável pela amizade dos dois?
"-Eu não sou Jhon - disse Michael, [...] - Eu não vou tomar o lugar dele - afirmou ele."
Devo dizer que me apaixonei por Michael logo no início do livro, na verdade, quando li as primeiras folhas que foram disponibilizadas no final do livro do Colin, já sabia que Michael se tornaria o meu personagem favorito, e não deu outra. Enquanto lemos o livro, notamos claramente seu amor por Francesca, mas notamos também o quanto ele ama o primo, e a sinceridade de seus sentimentos por ele. Em nenhum momento ele faz alguma coisa que possa separar o casal. Também achei muito bonita a forma como Francesca foi vendo Michael com outros olhos, dando-se conta de seus próprios sentimentos.
Apesar de não termos tanto a interação entre os irmãos como nos livros anteriores, a participação de Colin foi muito importante e bem vinda, ainda mais por ele ser meu "Bridgerton" favorito, pois por hora, é Michael quem ocupa o trono de personagem favorito da série.
se a Francesca bobeia eu roubo o Michael pra mim, eita mocinho bom por demais! ele resgatou todo o meu amor, o sentimento dele pela Bridgerton é tão intenso e sincero que me conquistou de cara
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