sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

#A Mulher de 30 anos – Honoré de Balzac

Olá Leitores,

Hoje a colunista Nathalia, trás mais uma análise/resenha, vamos conferir:

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Título: A Mulher de 30 anos
Autor/a: Honoré de Balzac
Editora: L&PM
Páginas: 207

Um dos romances mais conhecidos de Balzac, A Mulher de 30 anos, enquadra-se dentro dos “Estudos de costumes”, na subcategoria “Cenas da vida privada”, dentro da famosa Comédia Humana. Depois de ter um bom material escrito, Balzac resolve organizar suas obras dividindo-as em três partes: “Estudos de costumes”, “Estudo analíticos”e “Estudos filosóficos”. Algo muito marcante em sua narrativa é a retomada de personagens em diferentes títulos.

A obra vai acompanhar a juventude, maturidade e velhice da Júlia, a protagonista. Nas primeiras páginas descobrimos que seu coração está comprometido com uma paixão pelo seu primo, Vítor. Como uma moça romântica, ela utiliza todas as suas forças para se unir ao seu primo em matrimônio, ato que o pai de Júlia, já velho e doente, desaprova duramente.

“- Casa-te pensando em mim!, exclama o pai com um movimento de surpresa, em mim, minha filha, de quem não mais ouvirás em breve a voz tão amigavelmente rabugenta. Os filhos sempre atribuem a um sentimento pessoal os sacrifícios que lhes fazem os pais! Desposa Vítor, minha Júlia. Um dia deplorarás amargamente sua nulidade, sua falta de ordem, seu egoísmo, sua indelicadeza, sua inépcia no amor, e mil outros desgostos que ele te causará. Então, lembra-te que, sob estas árvores, a voz profética do teu velho pai ressoou em vão nos teus ouvidos!” (10% da leitura pelo Kindle)

Neste ponto, a história dá um salto e encontramos Júlia casada e mãe de uma filha. Júlia descobre-se uma mulher mal casada, consciente da razão de seus sofrimentos e revoltada contra a instituição do casamento. Porém, ao completar trinta anos encontra o amor verdadeiro, nos braços de Carlos Vandenesse, um cavalheiro com bom nome, muito disputado pelas damas da alta sociedade parisiense de Napoleão.

Infelizmente, a protagonista da trama não me atraiu muito e confesso que o livro se tornou um tanto massante. Entretanto, a filha de Júlia, Helena, mostrou-se muito forte. Ela acompanhou os casos amorosos da mãe, tem consciência da falsa paternidade que a mãe encena. Para não ser injusta, na velhice de Júlia ela torna-se mais sábia pelos anos vividos e lições que a vida se encarregou de ensiná-la.
Mesmo assim, se você é um fã de clássicos, fica a dica de um livro tecnicamente muito bem escrito (não significando que o livro é difícil ou ruim), espero que tenham gostado e até a próxima resenha ;)

Um comentário :

  1. oi flor, eu não conhecia esse livro e ja estou até imaginando a sociedade machista e opressiva, talvez não tenha curtindo tanto exatamente por essa apatia da personagem
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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