sábado, 8 de agosto de 2015

#A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón

Oi Galera,

Hoje a colunista Nathalia nos brinda com a análise de A Sombra do Vento, vamos conferir:

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Título: A Sombra do Vento
Autor/a: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Objetiva
Páginas: 399

Mesmo esse sendo o primeiro livro do autor que leio já estou curiosa para acompanhar outros trabalhos de Zafón. Já vou confessar que não dava muito pela história. Ao meu ver, seria algo sem muito sentido, não conseguia me interessar pela trama, mas como o livro estava ali, eu li, simples assim. E me odiei por ter um pré-conceito, porém já me corrigi e espero não ter mais problemas quanto a esse assunto.

Daniel Sempere recebe a missão de guardar um segredo. Ele deve “desenterrar” um único livro, abandonado pelas pessoas, que será seu pelo resto da vida. É nesse contexto que ele conhece O Cemitério dos Livros Esquecidos e o romance A Sombra do Vento de Julián Carax.

“(...). Tinha lido uma descrição idêntica daquela sena em A Sombra do Vento. No relato, o protagonista se aproximava todas as noites da varanda à meia-noite, e descobria que um estranho o observava da sombra, fumando devagar. Seu rosto ficava sempre escondido na escuridão e só os olhos insinuavam-se na noite, ardendo como brasas. (...)” (pág.35)

Como Daniel se encanta pela história e pela forma narrativa do autor misterioso, ele decide procurar mais obras de Carax, mas, para seu espanto, descobre que alguém sem paradeiro iniciou, a muito tempo, uma inquisição dos livros de Júlian Carax. Intrigado com tal descoberta, ele mergulha nas histórias sombrias de uma Barcelona gótica de 1945, tendo como pano de fundo o final da Segunda Guerra Mundial.

Com o desenrolar eletrizante percebemos que o passado de Júlian mescla com o presente de Daniel, ou seja, episódios vividos pelo autor, serão (re)vividos por Sempere, entretanto com desfechos diferentes. Mas a trama não é apenas essa. Acompanhamos a infância, adolescência e início da vida adulta do protagonista, com todos os questionamentos, paixões e medos de uma pessoa comum.

“- Você nunca vai me perdoar, não é, Daniel? Para você sempre vou ser Clara Barceló, a pérfida.
- Para mim você sempre será Clara Barceló e ponto. Você sabe disso. ” (Pág. 278)

Carlos R. Zafón sabe como encher uma narrativa de mistério, intrigas (tanto as do passado como as do presente) e amores cheios de obstáculos que me deixaram angustiada. Fui muito injusta com esse livro e me arrependo amargamente. Espero ler mais exemplares do autor, que me conquistou por completo. Recomendo a leitura a todos que apreciam boas histórias e personagens muito bem construídos.

Vocês sabem que quando encontro algum problema com a edição, venho correndo contar a vocês. Porém, não tenho do que reclamar, a editora fez um excelente trabalho com um capricho notório, além do que o livro é de alta qualidade, terminei de ler e ele está como novo.

Apreciei muito a leitura e acredito que a obra fez jus aos “mais de 6,5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo”.

“ (...). Júlian chorava em meu peito e eu me senti invadir por um cansaço impossível de traduzir em palavras. Mais tarde, quando caiu a noite, nossos lábios se encontraram, e sob a proteção daquela obscuridade urgente nos desprendemos daquelas roupas que cheiravam a medo e morte (...). ” (Pág. 339)

Beijos...Até a próxima....Nathalia!!!

Um comentário :

  1. Olá Thaila,
    Também não dava nada pelo livro sushua mas qual não foi minha surpresa quando não conseguia deixar Zafón de lado... Recomendo apenas essa obra porque foi a única que li do autor, mas estou ansiosa para ler mais exemplares dele

    Bjs,
    Nat.

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