Hoje a Rose, colunista aqui do blog e dona do blog Fábrica dos Convites, trouxe uma resenha/análise de um livro muito comentado nas redes sociais, confiram:
Eu já tinha lido um outro livro da Jandy Nelson, por isso quando vi este título, tinha certeza que emoções estavam por vim, e não me enganei.
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Título: Eu Te Darei o Sol
Autor/a: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384
Páginas: 384
Jude e Noah além de irmãos gêmeos tem uma ligação profunda. Esta ligação começa a sofrer abalos quando eles atingem a adolescência. Jude gosta de aventura, é extrovertida, cheia de amigos, a queridinha do papai e da vovó. Noah já é o contrário, tímido, não tem amigos, inteligente e adora desenhar. Ele desenha até em pensamentos e vive em seu próprio mundo cheio de telas e imagens.
Ambos estão descobrindo sua sexualidade. Jude testando seus limites e querendo atenção, Noah tentando entender os próprios sentimentos e a si mesmo. Por conta de suas particularidades, Noah sofre bullying na escola, fazendo com que se isole ainda mais.
A fase não anda fácil e Jude vive brigando com sua mãe Diana, que não aceita a fase "piriguete" dela. As coisas pioram quando Diana avisa que a avó (falecida a três meses) entrou em contato para avisar que eles, Jude e Noah, deveriam estudar na CSA (escola secundária de belas artes). O pai deles, Benjamin, não vê com bons olhos este "lado espiritual" da família, quer dizer, de sua falecida mãe e agora de sua esposa e filha. Ele como "homem da ciência" não acredita em "mensagens do além" ou "crendices". Mas Diana e Jude encaram isso de uma forma normal, corriqueira. A verdade é que Jude não gostou nada da mensagem da amada avó, pois o que ela quer mesmo é ir para o colégio Roosevelt, onde sua turma descolada estará.
Claro que Noah amou a novidade, e passou a fazer vários planos e desenhos, o que acabou aproximando ele de sua mãe, para raiva de Jude. Um abismo está crescendo dentro da família, não só entre os irmãos, mas entre os pais também. É quando Noah conhece Brian, um vizinho que está passando as férias escolares na casa ao lado. Eles tornam-se unha e carne e Noah acha que enfim encontrou alguém que o entenda e o aceite como é. Jude tenta se intrometer entre Noah e Brian, e acaba o tiro atingindo a ela mesma, pois toda sua turma passa a ver Noah com outros olhos. A rixa entre os irmãos parece não ter fim, e a raiva por está sendo preterida pela mãe e até pelos amigos, faz Jude dar uma bela facada bem no coração do irmão que inconformado acaba se afastando.
"O amor pode surgir sob todas as formas."
As coisas estão bem confusas, os pais estão se separando. Jude e Noah não se falam mais. Então vem o que ninguém poderia imaginar, e o resultado é uma verdadeira bola de neve que está esmagando a todos. Jude e Noah meio que trocam de personalidades. A traição de Jude e a sequência de acontecimentos fizeram Noah esquecer seus sonhos e paixões. Em contrapartida, Jude que outrora era o centro das atenções, agora está isolada em si mesma, e mais sozinha do que nunca. Mesmo vivendo na mesma casa, os irmãos parecem viver a quilômetros de distância um do outro, e o pior é que não conseguem encontrar uma ponte onde possam se reencontrarem.
"Sou uma confusão. Umas confusão insuportável."
Um ultimato do professor, joga Jude em uma missão dentro de si mesma. Ela vai ter que encarar seus medos e erros se quiser terminar esta escultura. Para facilitar um pouco (já que as coisas estão fáceis mesmo...), a única pessoa capaz de ajudá-la é Guilhermo, um talentoso escultor atormentado por uma dor que ninguém sabe de onde vem. Ninguém, a não ser seu discípulo Oscar.
Oscar é um rapaz com um passado pesado, e que foi salvo por Guilhermo. Eles são como pai e filho, onde cada um sabe a dor e os tormentos que o outro sofre. Oscar pode ser mais um problema que Jude terá que enfrentar. E por mais louco que tudo pode parecer, Jude sabe que esta escultura é a única forma que ela conhece que pode liberar sua família da dor que está esmagando a todos. É hora de colocar todas as cartas na mesa e despir a alma dos pecados cometidos.
Um livro único, com diversas emoções. Jandy joga o leitor em uma montanha russa, onde não sabemos qual será o percurso e nem mesmo o final. Com muita propriedade ela mistura amores proibidos, traições, raiva, inveja, amizade, mentira, perdão, sonhos, medos, bullying, resgate, esperança e fé, levando o leitor a questionar decisões que foram feitas para protegerem a família.
Decisões que por melhores que tenham sido as intenções, acabaram afastando uns dos outros por conta dos segredos e mentiras que elas acobertaram.
Percebemos que a verdade acaba sendo sempre a melhor saída, mesmo que para ter esta verdade sejamos obrigados a enfrentar a dor, o medo e o preconceito. Leiam sem medo, e tenham em mente que não é fácil querer dar o sol para alguém, mas que toda forma de amor vale a pena, o problema é ter a coragem necessária para assumir.
Beijos Rose...
achei a história inteira singela, delicada, tratando de diversos temas atuais com extrema delicadeza, falando de sentimentos que são tão reais que parece que a história ganha mais vida!
ResponderExcluirfelicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Elis!
ResponderExcluirAssisti o filme há muito tempo e para a época era bem polêmico, porque fala do preconceito racial.
Linda resenha da Rose!
“A gratidão é o único tesouro dos humildes.”(William Shakespeare)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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