sábado, 26 de fevereiro de 2011

Renato Russo - O Filho da Revolução - Carlos Marcelo

Primeiro meus parabéns ao autor, pois o livro reuniu além de grandes fatos históricos parte da vida de Renato Russo. As imagens foram de grande importância, porque rever Renato nelas é relembrar de sua voz, seu grito, sua musica e sua personalidade. Estendo os parabéns também a editora AGIR que publicou a obra.

No começo pensei que seria um livro mais direcionado ao Renato, tipo Renato Russo de A a Z, mas quando iniciei notei as partes históricas que eu mesmo sendo brasileira desconhecia, a construção de Brasília e sua trajetória pela política e revoluções. Esse livro deveria ser recomendado nas escolas, afinal descobrir que escritores e outras celebridades deram sua opinião sobre a construção de JK foi de grande surpresa para mim. Notar como todos queriam fazer parte dessa história, viver e trabalhar na capital do país.

A adolescência dos grupos punk e rock, suas batalhas para montar o grupo e tocar sua musicas, as dificuldades que encontraram, as vitorias que conseguiram. Creio que o único ponto negativo na vida dessa geração é que alguns precisavam de drogas e bebidas para conseguir serem esses símbolos da revolução.

As letras das musicas no livro fazem os fãs como eu cantar junto, lembrar de épocas diferentes, afinal a legião entro na minha vida através do meu irmão e dos seus amigos, hoje entendo melhor tudo que aquilo significava. Já que na época eu era só uma adolescente que gostava do modo como a musica era cantada e da letra que é bem elaborada. Penso que se Renato Russo ainda fosse vivo teríamos muito a falar sobre ele, o sucesso continuaria a segui-los e ergue-los acima de nós para que falassem o que sempre queremos dizer, mas as vezes não sabemos expressar. Ele podia ser humilde e não desejar ser chamado de gênio, por ter uma cultura vasta em matéria de literatura e musica, mas no fundo creio que ele sabia que estava entre esse grupo seleto.

Um trecho de uma das músicas que amo do grupo: Eduardo e Mônica –“E quem irá dizer/Que existe razão/Nas coisas feitas pelo coração?/E quem irá dizer/Quem não existe razão?”

E como todos sabem e saberão a Legião Urbana jamais vai morrer, pois vive através de seus fãs e suas músicas são passadas de geração a geração. Eles são verdadeiros imortais.

Pessoal eu peço desculpa pela resenha extensa, mas não poderia ser diferente, já que falar sobre pessoas que admiramos sempre nos faz dizer palavras demais.

Uma leitura prazerosa, histórica, bela, triste e forte de pessoas reais que jamais serão esquecidas. Palavras de uma fã que os eternizará através de meus futuros descendentes.

Leitura altamente recomendada... E claro o meu obrigado ao meu primo Daniel Henrique que me emprestou esse livro.

Não vou dizer dessa vez Nota 10, porque a nota dessa obra não tem valor de tão alta que deve ser.

Beijokas Elis!!!!!!

6 comentários :

  1. adorei essa resenha,
    acho mto legal essas biografias sobre grandes idolos e acho que o Renato Russo, apesar de todos os pesares, traduziu o grito de uma geração em música. Agora a Som Livre agorea lançou um disco perfil e a propaganda diz: "A música breasileira nunca mais foi a mesma depois deeles. Nem a sua". A minha vida com certeza mudou numa manhã de sábado, aos 11 anos, quando ouvi "Faroeste Caboclo" a primeira vez. Resumindo: eu PREECISO ler este livro.

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  2. A sua resenha me emocionou Elis.
    As musicas de Renato russo acompanharam a minha adolescência, foi uma época em que eu decorava as letras e vivia escrever as frases mais legais por onde eu passava, Vento no litoral, Tempo perdido, Será, Perfeição e todas essas musicas maravilhosas

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  3. Uma afirmação mais apropriada seria a de que a "necessidade" de alguns grupos e cantores de usarem (e abusarem de) drogas para se firmarem como ídolos transgressores é um ponto negativo não do livro, mas da mentalidade da época, da história de modo geral. O próprio Zuenir Ventura já alegou que a fixação em drogas (na qualidade de símbolos de transgressão de valores e de liberdade, provocadora de incômodos nas alas conservadoras da sociedade) é uma das heranças malditas da geração de 60, que infelizmente perdura até hoje.

    Fora isso, gostei muito da tua resenha, me incitou a procurar esse livro. Não gosto tanto de Renato Russo quanto de Cazuza, no campo da música propriamente dito, para citar dois pares praticamente da mesma geração, mas o considero um dos nossos maiores cantores e compositores ao lado de tantos outros, sobretudo da MPB. Uma das provas do quanto Legião Urbana & Renato Russo continuam ícones vivíssimos está no Terra Letras: ainda continuam na lista dos mais procurados, brigando por espaço no páreo duro com bandinhas medianas e ruins de hoje que lamentavelmente são os ídolos da maioria da juventude "moderna". Abração!

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  4. Renato Russo, Brasília, anos 80...tudo em interessa...deve ser bacana mesmo ler o livro! =D

    Bjs

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  5. Oi Elis,

    Adorei sua resenha. Não sabia desse livro. vou procurar.

    Bjks

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  6. Gosto muito de biografias que contextualizam historicamente a vida do biografado e no caso do Renato isso é imprescindível para que possamos compreender a obra dele. Muito boa tua resenha.
    estrelinhas coloridas...

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