sexta-feira, 13 de junho de 2014

Diga aos lobos que estou em casa - Carol Rifka Brunt

Oi Amigos,
Hoje teremos uma resenha dupla aqui no blog, confiram a minha opinião e a da minha amiga Rudy do blog Alegria de Viver e Amar o que é bom!!!


Avaliação A Magia Real: 5,0 / 5,0 

Avaliação da Rudy: 4,9  / 5,0

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Opiniões no Orelha de Livro

Título: Diga aos lobos que estou em casa

Autor/a: Carol Rifka Brunt
Editora: Novo Conceito
Páginas: 464

Quando olhei para essa obra pensei o que poderia conter nessas páginas, mesmo lendo na orelha da capa que era sobre a jovem June Elbus, uma garota que perdeu uma das pessoas que mais amava, seu tio Finn, que além do parentesco familiar era seu padrinho, eu buscava como o título poderia ter sido escolhido, até que após alguns capítulos acreditamos ter descoberto o porque do título ser esse, mas ainda continuamos atrás do significado dele para o personagem Finn.


Quando descobri alguns fatos sobre o padrinho de June, e que lhe eram escondidos. Ou pelo menos ela não prestava muito a atenção as coisas ao seu redor para entender, descobri que me afeiçoei a ela, porque penso que sei o que é amar uma pessoa, como ela amava ele. Para me entenderem vocês teriam que ler a obra, mas o caso é que eu me identifiquei com o amor platônico dela, passei por isso e o engraçado é que mesmo a distância, se a pessoa se fosse, eu também iria querer saber e descobrir ao máximo dela, enquanto ela não estava comigo. Amar e admirar uma pessoa que nos faz feliz é incrível, perdê-la seria um grande choque. 


O amor se transforma com o passar do tempo, de uma maneira que passamos a acreditar que podemos ser almas gêmeas, tamanha as semelhanças e gostos parecidos que temos com essa pessoa, falar sobre qualquer assunto é fácil e ficamos de alto astral só de ouvir falar ou ver quem nos faz bem. Parece que estou viajando, mas eu precisava falar isso para vocês e bem a pessoa da qual estou falando nem deve saber que é ela e faz algum tempo que ouvi dizer que ela passou por aqui. Então não vai fazer mal a ninguém.



"- Ser uma romântica significa  que você sempre vê o que é bonito. O que é bom. Você não quer ver a verdade desagradável das coisas. Acredita que tudo vai ficar bem." (pg. 168)

June se aproxima de Toby para ter informações de seu tio, tamanha é a saudade que ela sente de estar com ele. E aí que ela começa a sair sem falar aonde vai e a esconder esse segredo de seus pais e de sua irmã Greta, que não é muito legal. Olha com 14 anos eu já me dava muito bem com os meus irmãos, não entendo o ciúme e o desprezo que ela parece ter pela June. No entanto conforme vamos avançando na história vamos esclarecendo todas as perguntas que surgiram, o motivo de Finn ser como é, da Greta ter tanto ciúme da irmã, da mãe delas ser uma pessoa triste e o porque Toby foi ocultado durante tantos anos.

A questão era que a doença do seu tio, era uma novidade na época e por isso todos tinham medo de como ela poderia passar, tiravam conclusões precipitadas e magoavam as pessoas. Mas quando não se tem muito tempo, podemos ser ousados e viver de uma maneira diferente. O fato que aqui encontramos uma garota que tinha um ídolo que se foi, uma família despedaça pela sua partida e um homem que precisava de alguém.



"Você pode me ligar do mesmo jeito que teria ligado para o Finn. Só para conversar ou qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo." (pg. 238)

Fazia tempo que não me estendia em uma análise, mas essa leitura me mostrou tantas coisas que eu necessitava dizer que foi incrivelmente bela ter a oportunidade de conhecê-la. Ver como a adolescência não é fácil e como é difícil essa transição para a fase adulta, a questão de os pais não escutarem o que queremos dizer, o medo de perder algo precioso, a confusão de enfrentar coisas que ainda não estamos seguros de querer e a certeza de que família unida é o bem mais precioso que temos. 

Uma leitura para ser refeita, tamanha a emoção que nos passa. Ao findar a história entendo a capa e o título, afinal são poucas as pessoas que nos desvendam de uma maneira que podemos dizer "diga aos lobos que estou em casa", raramente somos lidos como um livro aberto, onde por mais que escondamos os sentimentos, essa pessoa sabe o que levamos no coração naquele instante. Desejo que você leitor aprecie tanto quanto eu, essa obra.



Beijocas Elis!!!!

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Agora a opinião da Rudy...=D


June Elbus tem 14 anos, é tímida, não tem amigos na escola, nem faz parte de nenhum grupo por lá, está um tanto afastada da irmã e vive um tanto isolada, gosta da era medieval. Sente que não é entendida por ninguém, a não ser por seu tio Finn Weiss, um pintor renomado que está com uma doença terminal. Ele é padrinho de June e ela aguarda a chegada de todos os domingos no ano de 1987, onde pode aproveitar a oportunidade de estar ao lado do tio.

Greta é a irmã mais velha de June, está sempre em evidência, é curiosa, faz parte do grupo de teatro da escola e o orgulho dos pais que são contadores e passam um época do ano afastados das meninas por causa do trabalho. Greta fica responsável por cuidar de June, embora esteja ressentida com ela por Finn ser seu padrinho e por ela dedicar-se mais a ele. Greta e June perderam a cumplicidade que tinham na infância e Greta tornou-se dura com June e culpa Finn por isso...

No dia do funeral de Finn, um homem fica a parte e chama a atenção de June que é proibida pela mãe de se aproximar dele, diz que Toby é o culpado pela morte de Finn e é um homem mal. Toby tenta se aproximar de June de várias formas e acabam descobrindo uma amizade infinda baseada no sentimento mútuo da ausência de Finn. Os laços de amizade se estreitam a cada novo encontro e June resolve tomar conta de Toby até o final, independente de qualquer sentimento contrário de seus pais e de Greta.

“No momento, a localização da pintura é desconhecida. O slide foi enviado anonimamente para o Times e nenhuma informação além do nome do artista e do nome da pintura incluída...” (Pág. 94)

Acredito que esse foi um dos melhores livros que li até agora durante o ano. Fala sobre laços profundos de amor, em todos os níveis. Fica difícil até expressar os sentimentos no papel diante da sublimidade do enredo.

Ver uma protagonista evoluir emocionalmente em um livro, ver como consegue amadurecer seus sentimentos e com sua lógica, desvendar segredos ocultos e familiares apenas através das experiências que tem vivido, é um insight fenomenal da autora que conquista o leitor.

Através da leitura pude descobrir que por amor, tomamos atitudes que podem parecer erradas para umas pessoas, entretanto para nossa realização pessoal, é correta. Podemos descobrir que mesmo através dos erros, o amor está sempre presente no seio familiar e que a descoberta de um novo amor fraternal pode nos fazer superar a dor da perda.

“Eu não disse nada no início. Deixei aquelas palavras se infiltrarem na minha cabeça. Deixei-as serpentearem até entrarem no meu coração. Fiz que sim com a cabeça devegar e, depois, fechei o caderno com um dedo. Levantei-me e fingi olhar para o relógio.” (pág. 325)

O livro me tocou fundo, me fez reavaliar algumas atitudes na vida e ter a certeza que apesar de tudo, todas as atitudes voltadas para o amor, trazem resultados inesperados e bem vindos. É um livro inteligente, profundo e carregado de sentimentos inerentes que nos faz perceber o quanto a vida é efêmera e o quanto devemos aproveitar cada minuto ao lado dos que amamos. Recomendo a leitura! Cheirinhos Rudy!

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Então galera, alguém ficou curioso para conhecer a obra, depois de lerem a nossa opinião?

Até a próximas Elis e Rudy!!!!

5 comentários :

  1. Olá queridas: Elis e Rudy,

    Primeiro: amei essa ideia de "resenha dupla", ficou ótima!! Segundo: estava ansiosa por esta resenha no blog. Vi que a Elis estava lendo e pensei :"esse livro parece ser tão sem graça, o que será que vai vir?" Mas, meus parabéns, estou com a pulga atrás da orelha e quero logo ler essa encantadora leitura!!

    Beijinhos,
    Nati.

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    1. Nati!
      Leia e tire suas conclusões...O livro para mim foi ótimo, mas acredito que é daqueles livros que vão de acordo com a vivencia de cada pessoa.
      Obrigada por seu comentário.
      cheirinhos
      Rudy

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    2. Elis!
      Amei nossa resenha dupla, espero que possamos fazer outras.
      cheirinhos
      Rudy

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  2. parece ser uma leitura fluida e muito bem criada, mas não é um livro que me atrai!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  3. Quem diria que este livro esconde esta maravilha de leitura?! Me empolguei para ler.
    Bjs, Rose.

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