domingo, 26 de junho de 2016

#Lua Nova – Stephenie Meyer

Olá Galera,

Hoje a colunista Nathalia, nos trás a análise de Lua Nova, vamos conferir:

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Título: Lua Nova
Volume: 2
Saga: Crepúsculo (Twilight)
Autor/a: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 432

Mais uma vez estou aqui para conversar com vocês sobre essa saga tão aclamada (tenho a impressão de que as pessoas não estão mais falando desse livro como aconteceu com Harry Potter depois do fim da franquia de filmes). Antes de mais nada, assisti a todos as adaptações (minha mãe é fã dos filmes) e, confesso, este foi o que menos gostei. Na resenha do primeiro livro (leia aqui) me alertarem que este seria o livro mais “parado” e que eu poderia gostar menos ainda do que o anterior.

Antes de mais nada, meu objetivo não é falar da trama, acredito que essa parte já esteja bem batida. Por isso, minha ideia é trocarmos experiências de leitura e pensarmos mais criticamente sobre um ponto bem preocupante sobre a escrita da autora.

Nesse volume percebi que existem dois tons, um deles sendo Edward e outro pós Edward. Na minha cabeça as personagens são constantes (com exceção de Jacob), ou seja, a autora não os desenvolve emocionalmente. Bella é quase morta, tem seu coração partido, mas em momento nenhum ela apresenta uma evolução, um amadurecimento, ela fica presa sempre às coisas do passado. Deixe-me esquematizar melhor meu pensamento, vou separar o livro em três parte.

A primeira parte vai até o momento em que o vampiro a abandona. Nesse período é o tom Edward, ou seja, a protagonista está constante (nenhum evento do primeiro volume, por mais ficção que seja, conseguiu amadurecer a pesagem). Embora o vampiro apresente uma perturbação emocional (ele não está mais tão constante, depois que presenciou seu “irmão” quase cravando os dentes em sua namorada) que não é bem explorada pela autora. Aí você pode me dizer “mas o livro é narrado por Bella”, contudo, acredito que se fosse uma personagem mais madura (poxa ela quase foi morta, quer experiência mais impactante que isso?) ela teria percebido o que REALMENTE estava acontecendo e não fantasiado que seu namorado vampiro estava bolando uma fuga COM ela. Quantas vezes você não percebeu que seu namorado(a)/ marido(esposa)/ qualquer outra relação que você tenha, tinha alguma coisa mas não interferiu? Bella e Edward passavam a grande parte do tempo juntos, ou seja, eles se conheciam.

Na segunda parte, que vai até a volta de Edward (tom pós-Edward), a protagonista sofre um abalo emocional e aí eu percebo que Isabella Swan é dependente de pessoas para sobreviver, ou seja, ela, antes, era grudada com Edward e, quando este foi embora, passa a ser grudada com Jacob (e não se importa em estar enganando os sentimentos dele, ou melhor, tem consciência disso, mas é egoísta o bastante para não fazer nada a respeito).

Nessa parte também está Jacob, como havia mencionado foi um dos personagens em que houve uma evolução. Tudo bem que a autora se valeu da transformação sobrenatural, contudo, percebi que ele amadureceu. Anteriormente Jacob Black era um adolescente carinhoso, amoroso e paciente, depois da transformação ele se torna maduro, ainda apresenta traços das características anteriores, mas também tem a seriedade da fase adulta, sendo ainda um adolescente. 

Por fim, temos a volta do vampiro e toda essa perturbação emocional volta ao normal, ou seja, o tom do começo do livro retorna. Isso, ao meu ver, representa falta de amadurecimento na escrita da autora. Na realidade, acredito que o perigo de escrever uma série/saga é cair na mesmice. Tomando como exemplo as séries mais famosas: Harry Potter, Saga Crepúsculo e Trilogia 50 Tons de Cinza. Em Harry Potter, J.K. Rowling tinha sempre a mesma fórmula (o garoto bruxo que passava por aventuras, a grosso modo), porém temos a evolução das personagens (até por questão da idade, eles vão ficando mais velhos ao decorrer dos livros). Em 50 Tons, E. L. James cai no erro da mesmice, muitas das pessoas que leram o(s) livro(s) reclamaram que era sempre a mesma coisa (tudo bem que de diferentes maneiras, mas a essência era a mesma). No caso de Stephenie Meyer, ela tem mais acertos do que E.L. James, porém seus personagens não crescem, houve uma esperança, Jacob, e acredito que possa haver mais esperanças nos próximos dois livros haha.

Não fiquem triste comigo leitores(ras), lembre-se que a graça da coisa é podermos debater sobre diferentes pontos de vista e, assim, desenvolvermos nossa capacidade de ler criticamente. 

Bom é isso, espero que tenham gostado haha. Estava no meio de uma maratona (que vocês podem conferir AQUI como foi) e quando terminei de ler o livro sabia que dentre os que selecionei para a maratona, este seria o mais aguardado por resenha.

Boas leitura e até a próxima ;)

Um comentário :

  1. eu li na adolescência, então foi um frisson só, mas hoje reconheço alguns deslizes que a autora cometeu nesse segundo volume que deveria conter um amadurecimento
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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