terça-feira, 9 de julho de 2013

Os Doze - Justin Cronin [vol. 2]


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Minha Avaliação

O que moveria o ser humano a sobreviver a um futuro onde o mundo é cada dia mais dizimado por seres que nos caçam e devoram cada gota de sangue? Com essa leitura, posso dizer que alguns dos motivos seriam o instinto de sobreviver ao lado dos que amamos e a esperança de que tudo melhore com o tempo. O problema é saber quanto tempo levará para os cidadãos terem sua vida "normal" de volta.

Não podemos negar que Justin Cronin sabe criar uma teia que é tecida com maestria, pois tudo tem um motivo e nada é por acaso. Cada personagem por mais simples que seja, tem sua importância. Mesmo a leitura sendo densa no início onde conhecemos novos personagens e outras histórias que se ligarão ao primeiro volume “A Passagem”, ficamos empolgados quando os primeiros personagens como Peter, Alicia, Sara, Amy, Hollis, Michael e outros aparecem. Eles nos deixaram tão familiarizados com a situação em que vivem, que seria decepcionante se eles não aparecessem nesse volume. Agora descobrimos o que aconteceu a cada um deles. E com o rolar das páginas ansiamos para que voltem a se reencontrar.

Durante a leitura tive muitos momentos de revolta, porque por mais terrível que seja uma criatura das trevas, nenhuma conseguirá ser tão sórdida, nojenta e horripilante quanto o próprio homem. Há cenas que chocam por pensarmos em toda nossa evolução e notarmos que se algo semelhante a isso acontecesse, certos indivíduos atuariam como dominadores.

Mas claro que temos os bons momentos, reencontros que valem a pena, mesmo que seja para uma despedida. O autor finalizou a obra de uma maneira que deixou tanto eu, como outros leitores provavelmente curiosos com o desfecho final dessa trilogia, afinal Zero será vencido?

Quotes:

"Ter um filho era receber o dom da verdadeira imortalidade - não o tempo imobilizado, como havia acontecido com Amy, e sim o tempo continuando e durando para sempre." (pg. 450)

"- Porque eu amo, você sabe - insistiu ele, e deu um sorriso. - Já falei isso?
- Não precisava falar. Eu sempre soube. Sabia desde o início." (pg. 461)

"- Porque é isso que é o céu - disse Amy. - É abrir a porta de uma casa ao crepúsculo e ver que todo mundo que a gente ama está lá dentro." (pg. 590)

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Curiosidade: Durante a leitura me deparei com a seguinte frase: "Ela se levantou, pôs o tricô na bolsa, deu um tapinha mo braço de Michael, depois pensou melhor e o beijou no cocuruto." (pg. 567)

Como não sabia o que era cocuruto fui pesquisar e descobri que é o ponto mais elevado da cabeça.

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As obras de Justin são para serem realizadas sem pressão, temos de ler, gravar e apreciar as cenas, para não nos perdermos. Aconselho aos que estão iniciando que leiam o 1º e o 2º volume em seguida, pois assim não será necessário refrescar a memória da leitura anterior.

Agradeço a editora Arqueiro pelo exemplar cedido, pois desbravar o mundo de Cronin é sempre um suspense e um prazer.

Beijokas mágicas Elis!!!

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